Grant Gustin participa do Inside of You Podcast com Michael Rosenbaum

Na última terça-feira (28), Grant Gustin participou do episódio 111 do Inside of You Podcast with Michael Rosenbaum, onde conversaram sobre diversos assuntos, incluindo problemas de ansiedade e as depressões que enfrentou ao longo de sua carreira no teatro e no cinema, depois de desenvolvê-las no início de sua infância. Também sobre sua paixão pela Broadway, aspirações e arrependimentos que ele teve até agora e alguns momentos dos bastidores enquanto filmava os crossovers. Grant também revela uma possível renovação de contrato para continuar dando vida ao velocista escarlate na série homônima. Além disso, o podcast contou com uma breve aparição do ator Stephen Amell.

O Grant Gustin Brasil fez um resumo da entrevista, que durou cerca de quase 1h e 20 minutos. Confira abaixo, em ordem cronológica dos assuntos, tudo o que rolou:

A conversa começa com a participação de Stephen Amell, contando sobre a primeira vez em que trabalhou com Grant, “Sempre vou lembrar da primeira mesa de leitura em que nós conhecemos o Barry Allen […] e nem precisava ver o que ele faria em cena para saber que eles fizeram a decisão certa”. Ele continua dizendo que foi onde eles se tornaram amigos, trabalharam juntos e tornaram-se capazes de serem muito honestos um com o outro. “Era legal participar do show dele uma ou duas vezes por ano, trocar de lugar, era ótimo”. Por fim, ele finaliza com um recado “envie um oi para Grant e sua esposa, […] que suas famílias fiquem bem e a salvo. Sinto falta do rosto dele.”

Em seguida, a entrevista começa e Michael pergunta à Grant se as pessoas pronunciam Gustin errado, “pessoas pronunciavam Gustin errado quando eu era criança, meu treinador de basebol pronunciava errado […] Hoje em dia não liga mais pra isso”, afirmou o ator. Ele conta que praticou por muitos anos (até os 14/15) basebol mas odiava futebol porque é preciso correr e ele achava ridículo ter que ir e voltar e esperar pela bola.

Quando questionado sobre manter sua forma física, Grant responde “por anos, o que ajudou a manter a forma atlética foi a dança”. Logo após, ele revela que antes do piloto de The Flash, um treinador olímpico o ajudou no seu modo de correr e o que fazer com os braços e pernas.

Michael pergunta a diferença entre Barry Allen e Wally West, Grant diz que seu personagem [especialmente na primeira temporada] é uma junção de como são essas duas versões do Flash na HQ, pois quando foi escalado ele era um pouco mais jovem que Barry Allen [e aparentava ser ainda mais jovem que sua real idade na época] e por isso tiveram que colocar um pouco de humor, o que é mais característico de Wally.

Que o Homem de Aço é o herói favorito de Grant, todo mundo já sabe, mas ele conta que atualmente é muito fã de Flash assim como do Superman.

O que ninguém sabia, é que quando Grant conseguiu a audição para o papel de Barry Allen ele não queria ir pois achava que não ganharia o papel. Ele imaginava que iria apenas desperdiçar seu tempo e dos produtores. Ele só passou a acreditar em si mesmo depois que o diretor de elenco, David Rapaport, conversou com ele.

Grant cobra muito de si mesmo, principalmente em cenas emotivas [por conta da ansiedade], para fazer um bom trabalho e que tudo corra certo. Ele confessou que gosta de ser elogiado no set [por sua performance], significa muito pra ele. Quando chega em casa faz questão de contar à esposa.

Ele soube que a série [The Flash] daria certo quando, após seu segundo episódio em Arrow como Barry Allen, os produtores encomendaram um piloto para o spin-off solo do velocista escarlate. o personagem foi muito bem recebido pelo público e ele sentia que faria sucesso mais por conta do personagem em si do que por ele mesmo. Grant ficou bastante empolgado com o elenco, ele conheceu Tom Cavanagh, e conta que já era um grande fã de Jesse L. Martin antes dele entrar para o elenco. Contou que já conhecia Danielle Panabaker por seu papel em Sky High.

Entrando no assunto de sua vida pessoal, Grant diz que seus pais sempre o apoiaram e deram suporte na vida pessoal e carreira. Quando decidiu largar a faculdade para sair em tour com o musical West Side Story eles o incentivaram mesmo sem ter certeza que [a carreira] daria certo. Ele revela ter vontade de voltar aos teatros, mas possivelmente só quando The Flash acabar.

Grant já fez muita coisa durante a vida e carreira mas no momento ainda não há planos para ter filhos.

Abordando novamente o tópico da carreira, ele conta que por conta do conflito de agente com The Flash, acabou perdendo algumas oportunidades de trabalho mas diz que não se arrepende, pois [talvez] não estaria onde está se tivesse tomado caminhos diferentes. Ele diz se achar muito sortudo por ter conquistado tudo o que tem até hoje, apesar dos problemas de auto-confiança que sempre teve. Ele confessa que pensa sempre ter alguém melhor que ele por aí. Consequentemente, ele revela ter uma depressão ansiosa desde os 4/5 anos e que chegou a ter sonhos estranhos relacionados à isso. Grant falou também que fez terapia de casal com sua esposa antes mesmo do casamento [apesar de não haver conflitos na relação deles], tudo por causa do problema com ansiedade, que está presente até hoje em sua vida.

Grant diz ser uma pessoa que fala demais, em seu casamento ele acaba falando demais sobre o que estressa ele e outras coisas, já LA Thoma é mais racional que ele e que sempre o escuta. Apesar de serem diferentes em relação a isso, ele diz que trabalha para ser uma pessoa que escuta mais e brinca dizendo que provavelmente trabalhará isso até o dia que morrer.

Ele confessou que no começo da jornada de Flash, eventualmente, acabava ficando bastante estressado com a pressão toda do trabalho e que talvez tenha sido estúpido no set mas que hoje entende que todos lidam com a pressão do show de maneira diferente.

Novamente, Grant diz ser bastante focado no trabalho e por conta disso acaba tendo que recusar convites para entrevistas e convenções, não que ele ache chato ou que não goste, mas acredita que demanda um certo tempo para preparar suas cenas e a logística de te que ficar viajando e trabalhando, infelizmente, não coincide. Grant chegou a conceder algumas entrevistas em Nova Iorque no começo do programa e que foi muito divertido, ele tem boas lembranças.

Falando sobre as dificuldades e o quão estressante é a época das filmagens dos crossovers, pois eles precisam trabalhar muito em um curto período de tempo, Grant diz adorar reencontrar seus co-stars Melissa Benoist, Brandon Routh e Stephen Amell. Eles quase não se veem normalmente, então é muito divertido gravar com eles.

Michael pergunta se Grant tem muitos trajes do Flash, ele responde que possui em média 2 trajes para gravar durante a temporada, mas às vezes um deles acaba sendo destruído durante o processo.

Quando questionado sobre a transição de sair do teatro para a TV, Grant relembra que Darren Criss o ajudou muito na época de Glee, explicando como funcionava, o que ele devia fazer e o que era o trabalho de cada um.

Michael lê algumas perguntas feito por fãs e a primeira foi: “Se você pudesse voltar no tempo sem se preocupar com o efeito borboleta, que figura histórica você gostaria de conhecer?” e Grant responde: “Christopher Reeve. Sabe, ele não é realmente uma figura histórica […] acho que ele é um tipo de herói para mim. O que aconteceu com ele foi tão trágico […] que fiquei arrasado quando ele faleceu”. A outra pergunta é sobre seu personagem favorito dos anos 90 e ele diz ser Zack Morris do seriado Saved by the Bell (Uma Galera do Barulho).

Apesar de ser um grande fã do Superman, Grant confessou à Michael que não assistiu Smallville.

Conversando mais uma vez sobre sua jornada em The Flash, Grant diz que suas memórias favoritas na série até o memento são com Tom Cavanagh, pois eles estão sempre rindo e fazendo coisas idiotas no set. E outro momento marcante foi quando ele gravou a cena da morte de Nora Allen, mãe de Barry, na primeira temporada. Ele conta que foi uma cena muito emocionante e que continuou chorando sem parar no chuveiro, em casa.

Retornando as perguntas feita pelos fãs, Michael questiona Grant se ele gosta mais de interpreta vilões ou heróis, ele responde dizendo que já fez muito o Barry Allen, que ama o Barry e que já aprendeu muito com ele também, entretanto tem vontade de interpretar outras coisas.

Ao ser indagado sobre qual é o seu musical preferido, Grant diz ser West Side Story porque fez durante um tempo e Hairspray que nunca teve oportunidade de fazer.

Ele conta que está sempre cantando em casa e que gosta de cantar, principalmente, Jason Mraz. Grant confessa se achar melhor dançarino que cantor e odiava praticar as aulas de ballet, ir as aulas de dança, alongar, aquecer, fazer exercícios vocais mas que em relação a atuação ele gosta de fazer a preparação.

Grant costuma ficar nervoso para a comic-con e não consegue comer na manhã que antecede a SDCC, pois quando esta muito nervoso ele não come.

Durante o período da primeira temporada à meados da terceira, Grant acreditava que precisava ser sempre o “número um” nas coisas e confessa não ter tido muito respeito pelos diretores convidados mas que aquela atitude não o ajudava e só estressava ele ainda mais e, ao longo do tempo, percebeu que não queria mais ser esse tipo de pessoa. Hoje em dia ele não tem mais essas atitudes e costuma conversar com os diretores sobre o que esta acontecendo.

Como já sabemos, Grant tem contrato até a sétima temporada de The Flash, mas revelou que já haviam negociações para potenciais 8ª e 9ª temporada, entretanto, precisaram ser interrompidas devido a pandemia. No momento, ele não sabe como irá continuar, pois não tem ideia de como deve seguir a próxima temporada [já que a sexta não será finalizada de acordo com o que tinha sido planejada].

Ao finalizar, Grant recorda que já perdeu a produção de 3 filmes e um teatro por conta do conflito de agendas com as gravações de Flash.

 

 

Você pode assistir a entrevista na íntegra abaixo:

Ou, se preferir, ouvir o podcast no Spotify e iTunes.

Tradução e adaptação: Grant Gustin Brasil